Vários países, incluindo aliados europeus, e organizações como a ONU e a União Europeia, expressaram profunda preocupação e apelaram a um recuo imediato.

A reação internacional foi rápida e abrangente, com críticas vindas de Portugal, Espanha, Bélgica, Reino Unido, Turquia, Austrália, Arábia Saudita e China.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, classificou a decisão como uma "escalada perigosa" que poderá agravar as "consequências já catastróficas para milhões de palestinianos". De forma semelhante, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, alertou que "tem de haver consequências para as relações entre a União Europeia e Israel se avançar esta decisão".

A condenação não se limitou à retórica diplomática.

A Alemanha, um dos principais aliados de Israel, anunciou a suspensão da exportação de equipamento militar que possa ser utilizado na Faixa de Gaza, com o chanceler Friedrich Merz a afirmar ser "cada vez mais difícil compreender" como o plano israelita permitiria alcançar os seus objetivos. Os Países Baixos seguiram o exemplo, revogando licenças de exportação de peças para navios militares devido ao "risco de utilização final não intencional". Em resposta, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou Berlim de "recompensar o terrorismo do Hamas com o embargo de armas a Israel". O Irão também se pronunciou, acusando Israel de procurar uma "limpeza étnica".