A medida, no entanto, foi imediatamente rejeitada pelo grupo xiita, que a considera um "pecado grave", aumentando a tensão interna e regional.

A decisão do executivo libanês, anunciada pelo ministro da Informação, Paul Morcos, prevê que o Líbano tome "as medidas necessárias para alargar a sua plena soberania a todo o seu território" e alcançar "o monopólio sobre as decisões relativas à guerra e à paz".

O plano, que se enquadra na estrutura do cessar-fogo mediado pelos EUA em novembro, instrui o exército a preparar um roteiro para o desarmamento do movimento apoiado pelo Irão até ao final do ano.

A medida foi saudada por França como uma "decisão corajosa", mas gerou uma crise política interna.

Os quatro ministros xiitas, incluindo membros do Hezbollah e do seu aliado Amal, retiraram-se da reunião do governo em protesto. O Hezbollah declarou que iria ignorar a decisão, que considera servir os "interesses do inimigo sionista [Israel]". A tensão é agravada pela acusação do Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês de "ingerência inaceitável" por parte do Irão, após declarações de um diplomata iraniano que previam o fracasso do desarmamento. A complexidade da situação no terreno foi sublinhada pela descoberta de uma "extensa rede de túneis fortificados" no sul do Líbano pela missão da ONU (FINUL).