Esta posição demarca os Estados Unidos de vários aliados europeus que recentemente avançaram com o reconhecimento ou manifestaram essa intenção.
Numa declaração clara da política externa de Washington, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou: "Não temos planos para reconhecer o Estado da Palestina. Não sei o que significa realmente reconhecer um Estado palestiniano, dada a falta de um Governo funcional".
Vance acrescentou que o objetivo principal da administração Trump é garantir "que o Hamas não volte a atacar cidadãos israelitas inocentes", o que "deve ser conseguido através da erradicação" do grupo. Esta posição contrasta com a de vários países europeus, como Espanha, Irlanda e Eslovénia, que reconheceram recentemente o Estado da Palestina. Outros, como Portugal, assinaram a "Declaração de Nova Iorque" numa conferência da ONU em julho, que estabelece um plano por fases para uma solução de dois Estados, culminando numa Palestina independente.
Os Estados Unidos, juntamente com Israel, boicotaram essa conferência, evidenciando uma crescente divergência diplomática sobre o caminho a seguir para a resolução do conflito. A postura americana reforça a sua aliança com Israel e condiciona qualquer avanço político à derrota militar do Hamas, uma pré-condição que adia indefinidamente a discussão sobre a soberania palestiniana.














