A decisão de Israel de avançar com um plano para ocupar a Cidade de Gaza gerou uma onda de condenação internacional, com várias nações e organizações a alertarem para uma catástrofe humanitária e violações do direito internacional. A ONU, através do subsecretário-geral Miroslav Jenca, alertou que a implementação do plano corre o risco de desencadear “uma nova calamidade em Gaza, que se repercutirá em toda a região”. Portugal juntou-se a sete outros países europeus — Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega e Eslovénia — numa declaração conjunta que condena “veementemente o recente anúncio do Governo de Israel”.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros destes países afirmaram que a decisão “só irá agravar a crise humanitária e pôr ainda mais em risco a vida dos restantes reféns”, rejeitando “categoricamente qualquer alteração demográfica ou territorial nos Territórios Palestinianos Ocupados” e alertando que tais ações “constituem uma violação flagrante do direito internacional”.
A Alemanha e os Países Baixos tomaram medidas concretas, suspendendo a exportação de material militar para Israel que possa ser utilizado na ofensiva. A Bélgica convocou a embaixadora israelita para exigir que o plano seja revertido, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu a Israel que “reconsidere”.
Fora da Europa, países como o Brasil, Japão, Turquia e Arábia Saudita também expressaram a sua rejeição, com Riade a acusar Israel de promover “fome e uma limpeza étnica”.
Em resumoO plano de Israel para ocupar a Cidade de Gaza foi recebido com forte oposição global. Nações europeias, incluindo Portugal, a ONU e outros países condenaram a medida como uma violação do direito internacional que agravará a crise humanitária, com alguns países a suspenderem a exportação de armas para Israel.