A decisão do governo de Benjamin Netanyahu de avançar com a ocupação da Cidade de Gaza intensificou a dissidência interna em Israel, culminando na convocatória de uma greve geral para o próximo domingo por parte das famílias dos reféns ainda detidos pelo Hamas. O Fórum das Famílias dos Reféns e Pessoas Desaparecidas considera que o plano militar representa uma “sentença de morte” para os 20 reféns que se acredita ainda estarem vivos, acusando o governo de “irresponsabilidade”. Numa conferência de imprensa em Telavive, os familiares expressaram a sua oposição veemente, afirmando que a escalada militar em vez da negociação significa abandonar os seus entes queridos.
“No próximo domingo, pararemos e diremos: 'Chega, parem a guerra, devolvam os reféns'.
Está nas nossas mãos”, declarou Reut Recht-Edri, cujo filho foi morto no festival de música Nova.
A convocatória recebeu o apoio de figuras políticas da oposição, incluindo Yair Lapid, que descreveu o apelo como “justificado e apropriado”.
Yair Golan, líder do Partido Democrata, também anunciou a adesão do seu partido à greve.
A contestação não se limita aos familiares; milhares de pessoas manifestaram-se em Telavive e outras cidades, exigindo o fim da guerra e a libertação imediata dos reféns.
Esta crescente pressão interna evidencia uma profunda divisão na sociedade israelita sobre a condução do conflito, com um número crescente de cidadãos a defender uma solução negociada em detrimento da via militar.
Em resumoAs famílias dos reféns israelitas, considerando o plano de ocupação de Gaza uma ameaça à vida dos cativos, convocaram uma greve geral em Israel. A iniciativa, que conta com o apoio da oposição política, reflete a crescente divisão interna e a pressão sobre o governo de Netanyahu para priorizar um acordo de libertação em vez da escalada militar.