Um ataque aéreo israelita na Cidade de Gaza resultou na morte de seis jornalistas, incluindo cinco funcionários da Al Jazeera, gerando uma onda de condenação por parte de organizações de defesa da liberdade de imprensa, da ONU e de governos como o do Qatar. Israel admitiu o "ataque de precisão" contra uma tenda junto ao hospital Al-Shifa, justificando que um dos correspondentes, Anas al-Sharif, de 28 anos, era um "terrorista" do Hamas que "se fazia passar por jornalista", alegações que a Al Jazeera e organizações internacionais consideram infundadas. O ataque vitimou Anas al-Sharif, Mohamed Qraiqea, os fotojornalistas Ibrahim Zaher e Moamen Aliwa, o assistente Mohamed Nofal e o jornalista freelancer Mohamed Al Khalidi.
A Amnistia Internacional declarou que "o exército israelita continua a silenciar as vozes que relatam atrocidades a partir de Gaza", enquanto o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) exigiram uma investigação independente e o fim dos ataques deliberados contra profissionais da comunicação social. O diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, mostrou-se "horrorizado" e pediu proteção para os repórteres palestinianos.
O Qatar denunciou um "ataque deliberado" que revela até que ponto os crimes de Israel "ultrapassam a imaginação".
Com estas mortes, o número de jornalistas mortos na ofensiva israelita ascende a 238, segundo o governo de Gaza, e a mais de 186, segundo o CPJ, tornando este o conflito mais mortífero para jornalistas na história moderna.
Em resumoO assassinato de seis jornalistas num ataque israelita em Gaza intensificou a condenação internacional sobre as táticas militares de Israel e a sua atitude para com a imprensa. As justificações de Israel, desprovidas de provas verificáveis, foram amplamente rejeitadas, reforçando os apelos por responsabilização e pela proteção urgente dos profissionais da comunicação social em zonas de conflito.