Esta movimentação diplomática coordenada é vista como uma forma de pressionar por uma solução de dois Estados e quebrar o ciclo de violência no Médio Oriente. O Primeiro-Ministro australiano, Anthony Albanese, justificou a decisão como a "melhor esperança da humanidade para quebrar o ciclo de violência", sublinhando que se trata de um "esforço global coordenado".

A sua ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, acrescentou que "setembro é o momento" para agir, quando "o mundo diz que isto já durou demasiado tempo".

A iniciativa surge após conversas de Albanese com líderes como Emmanuel Macron e Keir Starmer, cujos países também sinalizaram a mesma intenção.

Portugal anunciou igualmente que irá auscultar o Presidente da República e os partidos com vista ao reconhecimento.

Esta mudança na política externa de nações tradicionalmente aliadas de Israel gerou uma forte reação por parte do governo israelita.

O Presidente Isaac Herzog classificou a medida como um "erro grave e perigoso" e um "prémio aos inimigos da liberdade e da democracia".

Benjamin Netanyahu considerou "vergonhoso" que os países ocidentais "caiam na conversa" dos dois Estados, argumentando que tal é um "convite a uma guerra futura".