A Liga Árabe apelou à comunidade internacional para que proíba a venda de armas a Israel e inicie processos judiciais por crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. Numa sessão extraordinária no Cairo, a organização pan-árabe condenou veementemente os planos de Israel para a ocupação militar do enclave e o que classifica como "genocídio, deslocações e limpeza étnica" do povo palestiniano. No comunicado final, o conselho do órgão de 22 estados instou os países a implementarem "medidas legais e administrativas, incluindo a proibição da exportação, transferência ou trânsito de armas, munições e equipamento militar para Israel".
A organização apelou também a uma revisão das relações económicas com Telavive e à abertura de investigações para responsabilizar as autoridades israelitas. A Liga Árabe criticou duramente as "armadilhas mortais montadas pelas forças de ocupação sob o pretexto da chamada Fundação Humanitária de Gaza", que, segundo a organização, provocaram a morte de 1.500 pessoas. O representante palestiniano, Muhannad al-Aklouk, sublinhou a importância de intensificar os esforços internacionais para "interromper a guerra de genocídio", alertando que "Israel está a massacrar a humanidade em todo o mundo e a Palestina é a cena do crime".
Este posicionamento reflete uma postura unificada e dura da região contra as ações militares de Israel e a crise humanitária resultante.
Em resumoA Liga Árabe emitiu um forte apelo por um embargo internacional de armas a Israel e pela responsabilização judicial por crimes de guerra. A declaração representa uma condenação regional unificada da estratégia militar israelita em Gaza e das suas graves consequências humanitárias, aumentando a pressão diplomática sobre Israel e os seus aliados.