O gabinete de segurança de Israel aprovou um plano para assumir o controlo da Cidade de Gaza, marcando uma nova e controversa fase na ofensiva militar que intensifica os receios de uma escalada destrutiva e gera oposição interna e internacional. Novas imagens de satélite revelaram uma acumulação significativa de tropas e equipamento militar israelita perto da passagem de Karni, no nordeste de Gaza, sinalizando os preparativos para uma grande ofensiva terrestre. O plano, embora não preveja a ocupação total da Faixa de Gaza, visa enfraquecer o domínio do Hamas sobre a área.
O chefe das forças armadas israelitas, Eyal Zamir, anunciou o início de uma "nova fase nos combates em Gaza", afirmando que o exército manterá "o profissionalismo e os princípios que regem as suas ações" e que os soldados terão "sempre os reféns em mente".
Esta nova estratégia tem gerado controvérsia, inclusive dentro da liderança militar, com o próprio Zamir a ter manifestado objeções ao plano, defendendo um cerco em vez de uma ocupação.
A decisão de Netanyahu de avançar com a ofensiva aumentou a angústia dos familiares dos reféns ainda detidos pelo Hamas, que temem que a escalada militar possa colocar em risco as suas vidas. A comunidade internacional também reagiu negativamente; Portugal e sete outros países europeus condenaram o plano, alertando que este agravará a crise humanitária e comprometerá a vida dos reféns.
A ONU descreveu a potencial operação como uma "nova calamidade" com repercussões regionais.
Em resumoIsrael prepara-se para uma grande ofensiva terrestre para tomar o controlo da Cidade de Gaza, uma medida confirmada por líderes militares e imagens de satélite. Esta "nova fase" visa desmantelar o Hamas, mas enfrenta dissidência interna e condenação internacional devido ao elevado risco de vítimas civis e ao potencial perigo para os reféns restantes.