A justiça israelita determinou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu terá de comparecer em tribunal três vezes por semana a partir de novembro, intensificando o julgamento por corrupção que tem sido marcado por sucessivos adiamentos. Benjamin Netanyahu, o primeiro chefe de governo na história de Israel a ser processado no exercício do cargo, enfrenta acusações de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos distintos. O tema central das acusações é a forma como Netanyahu terá fomentado relações com magnatas dos meios de comunicação para obter benefícios pessoais e políticos.
O julgamento, iniciado em 2020, tem sofrido múltiplos atrasos.
As justificações para os adiamentos incluíram problemas de saúde alegados pelo advogado do primeiro-ministro, preocupações de "segurança nacional" relacionadas com bombardeamentos israelitas na Síria, e "preocupações diplomáticas".
Um dos adiamentos mais notáveis ocorreu após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido a suspensão das audições, classificando o processo como uma "caça às bruxas" através das redes sociais.
Com a nova decisão judicial, o julgamento será retomado com sessões semanais de domingo a quarta-feira, a partir de 2 de novembro, sendo que o primeiro-ministro será ouvido pelo tribunal em três desses dias. Esta medida visa acelerar o processo judicial, que se arrasta há anos, e garantir que o caso avance de forma mais consistente, apesar do contexto político e de segurança em que Israel se encontra.
Em resumoO julgamento por corrupção de Benjamin Netanyahu está prestes a intensificar-se, com uma ordem judicial que exige a sua presença semanal no tribunal a partir de novembro. Esta decisão surge após numerosos adiamentos justificados por razões de saúde, segurança e diplomáticas, incluindo uma intervenção do Presidente dos EUA, Donald Trump.