As negociações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, tinham sido suspensas devido a acusações mútuas.

No entanto, os contactos foram reativados com a mediação da Turquia, culminando na visita da delegação do Hamas, liderada por Khalil al-Hayya, ao Cairo.

Segundo fontes egípcias, o país manifestou disponibilidade para receber a delegação no âmbito de "novos esforços para aproximar posições".

O foco das negociações é uma nova proposta apresentada pelos Estados Unidos, descrita como uma abordagem de "tudo ou nada", que exige a libertação de todos os 50 reféns ainda detidos pelo Hamas — dos quais apenas 20 se acredita estarem vivos — em troca de um cessar-fogo. Esta exigência surge num momento delicado, em que o governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, aprovou um plano para uma nova ofensiva militar com o objetivo de ocupar a Cidade de Gaza. Esta dualidade de abordagens — negociação versus escalada militar — gera grande apreensão entre os familiares dos reféns, que desesperam com a possibilidade de a ofensiva israelita colocar em perigo a vida dos seus entes queridos. As famílias temem que os reféns sofram as consequências do plano de Netanyahu, aumentando a urgência de um acordo diplomático.