Numa carta dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e à Alta-Representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, os 110 signatários, que incluem quatro socialistas portugueses, argumentam que Israel "viola os direitos humanos fundamentais nos quais a UE estabelece acordos com países terceiros".
A carta considera que a recente suspensão da participação de empresas israelitas num programa de financiamento da UE, por estarem ligadas à ocupação do enclave, foi uma medida insuficiente e tardia. Os ex-deputados exigem a suspensão total do Acordo de Associação UE-Israel, afirmando que qualquer decisão contrária seria não só uma violação do Tratado da UE, mas também um ato de "cumplicidade com este crime de guerra".
A pressão sobre as instituições europeias tem vindo a aumentar.
A própria Kaja Kallas condenou publicamente o assassinato de jornalistas em Gaza por parte de Israel, questionando a justificação israelita de que as vítimas eram terroristas e sublinhando que "é necessário fornecer provas claras, respeitando o Estado de direito, para evitar que os jornalistas sejam visados".
Esta tomada de posição, juntamente com a carta dos antigos eurodeputados, sinaliza um crescente descontentamento e uma potencial mudança na postura da Europa em relação ao conflito.














