A nova estratégia militar, aprovada pelo gabinete de segurança de Israel e pelo chefe do Estado-Maior, tenente-general Eyal Zamir, visa declaradamente libertar os reféns e derrotar o Hamas.

Inicialmente, Zamir manifestou reservas ao plano, temendo pela segurança dos reféns ainda detidos, mas acabou por endossar a sua “ideia central”.

O chefe das forças armadas anunciou o início de uma “nova fase nos combates em Gaza”, assegurando que os militares terão “sempre os reféns em mente” e farão “todos os possíveis para proteger as suas vidas”.

Contudo, a intensificação dos ataques já demonstra um pesado custo humano.

O Ministério da Saúde de Gaza reportou a morte de pelo menos 123 pessoas em 24 horas, enquanto outras fontes noticiaram ataques que vitimaram dezenas de civis em bairros como Zeitun e Sabra. O Hamas denunciou as incursões como “agressivas” e acusou Israel de implementar uma “política de terra queimada”, através de “bombardeamentos intensos, barreiras de fogo e demolições de casas com moradores no interior”. A Defesa Civil palestiniana relatou a recuperação de 18 cadáveres dos escombros de uma única casa, onde se abrigavam mais de 35 pessoas, com muitas ainda desaparecidas. A escalada militar, que inclui a potencial deslocação de centenas de milhares de residentes, gerou fortes críticas da oposição israelita, dos familiares dos reféns e da comunidade internacional.