Um ataque aéreo israelita na Cidade de Gaza resultou na morte de seis jornalistas palestinianos, incluindo o proeminente correspondente da Al Jazeera, Anas al-Sharif. O incidente provocou uma onda de condenação global, com a ONU, a União Europeia e organizações de defesa da liberdade de imprensa a exigirem uma investigação independente e a acusarem Israel de silenciar a imprensa. O exército israelita assumiu a responsabilidade pelo ataque, alegando que Anas al-Sharif era um “terrorista” e líder de uma célula do Hamas, acusações que a Al Jazeera e organizações como os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) consideram infundadas e uma “tática vergonhosa” para justificar crimes de guerra. A RSF recordou que já tinha alertado para o perigo que o jornalista corria, após uma “campanha de difamação militar israelita”.
O Sindicato dos Jornalistas português e a Organização de Cooperação Islâmica (OIC) juntaram-se às vozes de repúdio, considerando o ataque uma “violação sistemática” e um “crime hediondo”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o assassínio e pediu uma “investigação independente e imparcial”, lembrando que os jornalistas devem ser protegidos.
A alta representante da UE, Kaja Kallas, também condenou o ataque e questionou a justificação israelita, afirmando que “é necessário fornecer provas claras”.
O incidente eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito, num contexto em que Israel proíbe a entrada de imprensa estrangeira no enclave.
Em resumoO assassínio de seis jornalistas palestinianos num ataque israelita em Gaza, incluindo um correspondente da Al Jazeera, gerou forte condenação internacional. Organismos como a ONU e a UE questionam a justificação de Israel, que acusou uma das vítimas de terrorismo, e exigem uma investigação imparcial, denunciando os ataques à liberdade de imprensa.