Em resposta, Teerão classificou as sanções unilaterais como “crimes contra a humanidade” e admitiu novos contactos com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Numa carta enviada à ONU, os ministros dos Negócios Estrangeiros do E3 afirmaram estar “prontos para acionar o mecanismo” que restabelece as sanções, caso Teerão não aceite negociar ou prolongar o prazo.
A missiva denuncia que o Irão acumulou um stock de urânio enriquecido “mais de 40 vezes” superior ao limite estabelecido pelo acordo nuclear de 2015 (JCPOA). Esta tensão surge após os ataques de Israel e dos EUA a instalações nucleares iranianas em junho, que levaram à suspensão da cooperação de Teerão com a AIEA.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, reagiu duramente, escrevendo que “é tempo de as sanções desumanas impostas pelos Estados Unidos e pelos seus cúmplices serem reconhecidas como crimes contra a humanidade”. Citando um estudo da revista The Lancet, Araqchi afirmou que as sanções são responsáveis pela morte de cerca de 500 mil pessoas anualmente desde a década de 1970. Apesar da retórica, o Irão confirmou a visita de um vice-diretor da AIEA a Teerão para discutir um novo quadro de cooperação, sinalizando uma possível reabertura ao diálogo, embora o resultado permaneça incerto.














