Estas acusações, que vão além da crítica política, enquadram as ações militares israelitas no âmbito dos crimes mais graves do direito internacional.
O grupo ‘The Elders’, fundado por Nelson Mandela e composto por antigos líderes mundiais como Ban Ki-moon, emitiu um comunicado contundente afirmando que o que se passa em Gaza “não se trata apenas de uma fome de origem humana que está em curso, mas de um genocídio”. A organização acusa Israel de desrespeitar a Convenção sobre o Genocídio de 1948, criada precisamente para evitar a repetição de crimes como o Holocausto, e critica os “poderosos Estados membros da ONU que não exigem responsabilidades aos dirigentes israelitas”.
A esta voz junta-se a do primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, que declarou que Netanyahu “foi demasiado longe” e que “perdeu o juízo”, descrevendo a situação em Gaza como “terrível” e “inaceitável”. Estas declarações surgem num contexto em que 26 países, incluindo Portugal, assinaram um apelo conjunto denunciando o “sofrimento inimaginável” em Gaza e a necessidade de uma ação urgente.
A crescente utilização do termo “genocídio” por parte de atores internacionais reflete uma mudança na perceção global do conflito, aumentando o isolamento diplomático de Israel e a urgência de uma resposta da comunidade internacional.














