A proposta, que conta com o apoio de vários países, visa garantir a segurança e a administração do território, num cenário em que a AP pretende reassumir o poder político. A ministra dos Negócios Estrangeiros da AP, Varsen Aghabekian, especificou que uma força internacional poderia ser composta por países como França, Egito, Turquia, Jordânia, Itália e Reino Unido, atuando em paralelo com as Nações Unidas.

Esta posição alinha-se com a defesa de uma “força internacional temporária de estabilização” feita pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

Aghabekian sublinhou que, no “dia seguinte à guerra”, a AP deveria ser “a entidade a exercer o poder político” em Gaza, uma opção que Israel já rejeitou. A ministra acrescentou que, após a realização de eleições, o Hamas não deveria controlar o enclave e teria de depor as armas, uma vez que “a Palestina não vai ser um Estado armado”.

A chefe da diplomacia palestiniana criticou ainda o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por “distorcer a realidade”, afirmando que as suas declarações sobre Gaza “devem ser questionadas pela comunidade internacional”.

Esta iniciativa diplomática da AP surge como uma tentativa de apresentar um plano concreto para o futuro de Gaza, contrastando com a estratégia puramente militar de Israel e procurando envolver ativamente a comunidade internacional na estabilização da região.