A ofensiva, descrita como a "melhor forma de pôr fim à guerra", visa desmilitarizar o enclave e libertar os reféns restantes. O plano, aprovado pelo Gabinete de Segurança israelita, assenta em cinco princípios: desarmar o Hamas, libertar todos os reféns, desmilitarizar Gaza, controlo de segurança por parte de Israel e uma administração civil não israelita. Netanyahu afirmou que a ofensiva será lançada "muito em breve" e que "não visa ocupar Gaza", mas sim garantir a segurança de Israel.
No entanto, a estratégia enfrenta forte resistência interna.
O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), tenente-general Eyal Zamir, alertou que um plano de ocupação "arrastaria Israel para um buraco negro", argumentando que os objetivos militares já foram atingidos e que o Hamas foi degradado a uma força de guerrilha.
A expansão da campanha num ambiente urbano denso arriscaria mais baixas israelitas e colocaria em perigo os cerca de 20 reféns ainda vivos.
A nível internacional, a decisão foi amplamente condenada.
O Brasil e o Japão rejeitaram o plano, e o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência para debater as suas implicações. Críticos apontam que Israel não possui pessoal militar suficiente para implementar a estratégia de "limpar, manter e construir" em toda a Faixa de Gaza, especialmente com a necessidade de manter tropas na Cisjordânia. A proposta de Netanyahu de entregar o controlo a "forças árabes" é vista como irrealista, uma vez que os países árabes se recusam a "fazer o trabalho sujo de Israel".














