A decisão é justificada como um passo necessário para revitalizar a solução de dois Estados e pôr fim ao ciclo de violência. Albanese declarou que "a solução de dois Estados é a melhor esperança da humanidade para quebrar o ciclo de violência no Médio Oriente e pôr fim ao conflito, ao sofrimento e à fome em Gaza". A decisão foi tomada após o anúncio dos planos de Israel de ocupar a Cidade de Gaza, que foram fortemente criticados internacionalmente.

A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong, reforçou a urgência da medida: "Setembro é o momento.

Quando o mundo diz que isto já durou demasiado tempo. Quando o mundo diz que o sofrimento, a morte e a destruição devem acabar".

O anúncio da Austrália indica uma coordenação com outras nações, uma vez que Albanese revelou ter discutido o assunto com líderes de França e do Reino Unido, que também sinalizaram a intenção de reconhecer a Palestina. A iniciativa surge num momento em que o ministro israelita Bezalel Smotrich afirmava que a expansão dos colonatos serviria para garantir que "os líderes hipócritas da Europa não tenham nada para reconhecer" em setembro. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou os movimentos para o reconhecimento da Palestina como "vergonhosos".