O custo humano desta crise é devastador.

O número de mortos devido à fome e desnutrição já ultrapassou os 260, dos quais mais de 108 são crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A ONU confirmou a morte de pelo menos 100 menores por estas causas, alertando para uma "fome generalizada".

A crise é agravada pelo bloqueio israelita, que restringiu severamente a entrada de ajuda humanitária durante meses. Embora Israel tenha anunciado "pausas humanitárias", a quantidade de ajuda que entra permanece insuficiente, com a ONU e a OMS a negarem um aumento significativo no fluxo de mantimentos. A situação é exacerbada por uma intensa onda de calor, com temperaturas a ultrapassar os 40 graus Celsius, o que aumenta os casos de desidratação entre as centenas de milhares de pessoas deslocadas que vivem em tendas e abrigos improvisados, sem acesso a água potável ou eletricidade. A ONU descreve a situação como uma "catástrofe inimaginável", com mais de 88% do território sujeito a ordens de evacuação ou militarizado, forçando a população a concentrar-se em áreas sobrelotadas como Mawasi, onde as condições são desumanas.