Esta retórica surge mais de dois meses após um conflito direto de 12 dias, desencadeado por um ataque surpresa israelita contra o território iraniano em junho, que visou instalações militares e nucleares.
Altos funcionários iranianos, como o primeiro vice-presidente Mohammad Reza Aref, afirmam que a situação atual não é de cessar-fogo, mas sim de uma mera "cessação das hostilidades".
Yahya Rahim Safavi, conselheiro militar do líder supremo Ali Khamenei, reforçou esta visão, declarando: "Não existe nenhum protocolo, nenhuma regulamentação, nenhum acordo entre nós e os israelitas, nem entre nós e os americanos".
Durante o confronto de junho, o Irão retaliou com mísseis e drones, e os Estados Unidos intervieram bombardeando instalações nucleares iranianas.
A desconfiança é alimentada por informações dos serviços de inteligência israelitas, que reportam que a China está a ajudar Teerão a reconstruir a sua capacidade de produção de mísseis terra-terra.
Do lado israelita, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu adotou uma abordagem de confronto direto, divulgando uma mensagem em vídeo na qual encoraja o povo iraniano a protestar contra o seu regime.
Na sua mensagem, Netanyahu prometeu ajuda israelita para resolver a crise de água no Irão assim que o país "for livre", afirmando que os líderes iranianos "não vão durar muito" no poder.













