O Cairo tem vindo a alertar a comunidade internacional para não participar no que considera um "crime hediondo" e uma tentativa de "liquidar a causa palestina".

Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo egípcio revelou que, através dos seus contactos, os países que Israel teria abordado para receber refugiados palestinianos rejeitaram a proposta. Fontes da imprensa indicaram que Israel estabeleceu contactos com nações como o Sudão do Sul, Somalilândia e Etiópia.

O Egito considera que esta é "uma inaceitável política israelita que visa esvaziar as terras palestinianas dos seus habitantes" e reafirmou que "não aceitará nem participará de tal deslocamento, considerando-o uma injustiça histórica sem justificativa moral ou legal".

Esta posição firme é consistente com o papel do Egito como principal mediador no conflito, onde trabalha ativamente com os Estados Unidos e o Qatar para alcançar um cessar-fogo duradouro.

A oposição egípcia representa um desafio significativo para os planos de Israel, que visam alterar a demografia de Gaza de forma permanente.