O chefe do Estado-Maior das IDF, Eyal Zamir, alertou que o plano de ocupação poderia arrastar o país para um "buraco negro", argumentando que os objetivos militares já foram alcançados. Analistas militares apontam que Israel não possui pessoal suficiente para implementar uma estratégia eficaz de "limpar, manter e construir" em toda a Faixa de Gaza, especialmente considerando a necessidade de manter tropas na Cisjordânia. Além disso, o plano de Netanyahu para o pós-guerra parece vago e contraditório.

A sua sugestão de que "forças árabes" poderiam assumir o controlo da segurança é vista como irrealista, uma vez que os Estados árabes se recusam a "fazer o trabalho sujo de Israel". Os planos para a população civil são igualmente controversos, incluindo a ideia de transferir os residentes de Gaza para uma "cidade humanitária" no sul do enclave ou facilitar a sua "transferência voluntária" para países terceiros, o que tem sido criticado como uma tentativa de limpeza étnica. A falta de um plano coerente para o "dia seguinte" arrisca aprofundar o isolamento de Israel e prolongar indefinidamente o conflito.