O plano é veementemente rejeitado por organizações como a Human Rights Watch, cujo diretor, Omar Shakir, afirmou: “Não há nada de voluntário quando se torna Gaza invivível”.

A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, classificou qualquer deslocamento desta natureza como “ilegal, imoral e irresponsável”, traçando paralelos com a Nakba de 1948.

O Egito, que partilha fronteira com Gaza, considera a proposta uma “linha vermelha” e tem pressionado ativamente outros países a rejeitá-la, temendo um fluxo massivo de refugiados para o seu território e a liquidação da causa palestiniana. A insistência de Netanyahu e de outros ministros do seu governo nesta política, juntamente com a sua recente admissão do conceito de “Grande Israel”, alimenta os receios de que o objetivo final seja o esvaziamento demográfico da Faixa de Gaza.