O Presidente francês, Emmanuel Macron, alertou de forma contundente que a planeada ofensiva israelita na Cidade de Gaza resultaria num “desastre” e numa “guerra permanente”, um aviso severo vindo de um importante parceiro europeu.
Simultaneamente, as relações com a Austrália azedaram depois de Camberra ter reconhecido o Estado da Palestina, levando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a classificar o seu homólogo australiano como um “político fraco”.
A resposta australiana foi igualmente ríspida, com um ministro a declarar que “a força não se mede por quantas pessoas pode matar”.
Com o Egito, um pilar da estabilidade regional e mediador crucial, as tensões são ainda mais graves.
O Cairo declarou que qualquer deslocamento em massa de palestinianos de Gaza é uma “linha vermelha” e exigiu explicações sobre a ideologia do “Grande Israel” defendida por Netanyahu, que implicaria reivindicações territoriais sobre partes de países vizinhos, incluindo o Sinai egípcio. Estas fricções diplomáticas refletem uma condenação internacional cada vez mais ampla das ações de Israel, que vão desde a crise humanitária em Gaza até à expansão dos colonatos na Cisjordânia.
O governo de Netanyahu parece, no entanto, determinado a prosseguir com a sua agenda, respondendo às críticas como manifestações de antissemitismo e recompensas ao Hamas, aprofundando assim o seu isolamento.














