A crescente pressão interna, liderada pelas famílias dos reféns, expõe uma profunda divisão na sociedade israelita sobre a condução da guerra. A organização que representa as famílias dos reféns estimou a participação em cerca de 400.000 pessoas, que se reuniram na chamada Praça dos Reféns. A manifestação foi o culminar de um dia de protestos e greves a nível nacional, que afetaram setores como o comércio e os transportes, contra a decisão do governo de expandir a ofensiva em Gaza. O sentimento predominante entre os manifestantes é que "a prioridade sejam os reféns, não a guerra", refletindo o receio de que uma escalada militar possa pôr em perigo a vida dos cerca de 20 reféns que se acredita estarem ainda vivos. Em resposta, o primeiro-ministro Netanyahu adotou uma linha dura, acusando os organizadores da greve geral de "reforçarem o movimento islamita palestiniano Hamas e de atrasarem a libertação" dos detidos.
Esta troca de acusações evidencia o fosso crescente entre a liderança política e uma parte significativa da população, que vê nas negociações a única via para garantir o regresso seguro dos seus entes queridos.












