Relatórios diários indicam dezenas de mortos em bombardeamentos e operações terrestres em várias zonas do enclave. Fontes médicas palestinianas reportaram que, num período de 24 horas, pelo menos 37 pessoas foram mortas em Gaza, a maioria na cidade de Gaza, onde os bombardeamentos e demolições continuam. Os ataques atingiram áreas densamente povoadas, como o campo de refugiados de Al Shati e o bairro de Zeitun. Noutro incidente, um ataque aéreo no sul de Gaza matou 17 pessoas, incluindo seis crianças, uma delas um bebé de seis meses.

A violência estende-se aos pontos de distribuição de ajuda, onde civis se tornam alvos. Em Khan Younis, cinco pessoas foram mortas no Hospital Nasser enquanto aguardavam a distribuição de alimentos. Noutro episódio, seis pessoas foram mortas pelo exército israelita nas mesmas circunstâncias.

O Ministério da Saúde de Gaza, cujos dados são considerados fiáveis pela ONU, atualizou o número total de mortos desde o início da guerra para mais de 62.190, com a maioria das vítimas a serem civis. Uma investigação conjunta do The Guardian e da revista israelita +972 concluiu que, até maio, pelo menos 83% dos mortos em Gaza eram civis, uma proporção considerada extremamente elevada para uma guerra moderna.

Esta realidade sublinha a devastação da ofensiva israelita sobre a população não combatente do enclave.