O plano visa ligar o colonato de Ma'ale Adumim a Jerusalém, dividindo efetivamente a Cisjordânia em duas partes e dificultando o acesso dos palestinianos à cidade.

Os planos para estes colonatos estavam suspensos há duas décadas devido à forte oposição da comunidade internacional, incluindo dos Estados Unidos.

O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, um colono de extrema-direita, celebrou a decisão, afirmando que esta "apaga na prática a ilusão de 'dois Estados' e consolida o controlo do povo judeu sobre o coração da Terra de Israel".

Em resposta, 21 Estados, incluindo Portugal, e a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros apelaram a Israel para reverter a decisão "nos termos mais veementes", considerando o plano inaceitável e um risco para a segurança e estabilidade regional.

A diplomacia israelita reagiu, reivindicando o "direito histórico dos judeus de viver em qualquer lugar da Terra de Israel".

A Autoridade Palestiniana condenou a aprovação e pediu uma posição firme da comunidade internacional.

A decisão surge num momento de elevada tensão e cerca de um mês antes da Assembleia-Geral da ONU, onde vários países planeiam reconhecer o Estado da Palestina.