A fronteira norte de Israel permanece um foco de tensão, com as Forças de Defesa de Israel (FDI) a realizarem ataques aéreos contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano. Estes confrontos ocorrem num contexto de esforços diplomáticos para o desarmamento dos grupos palestinianos e do Hezbollah no Líbano. As FDI anunciaram ter atacado "alvos terroristas do Hezbollah no Líbano", incluindo depósitos de armas e um lança-mísseis, afirmando que a sua presença constituía uma violação dos acordos entre os dois países. Um dos ataques, realizado por um drone na zona de Al Haoush, no distrito de Tiro, feriu sete pessoas, segundo o Ministério da Saúde Pública do Líbano. Estes ataques persistem apesar do cessar-fogo acordado em novembro de 2024.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, faz parte do chamado "eixo da resistência" e começou a lançar projéteis contra Israel após o início da guerra em Gaza.
A situação é complexa, com o governo libanês a ser pressionado por Washington para desarmar os combatentes.
O Conselho de Ministros libanês encarregou o exército de preparar um plano para o desarmamento do Hezbollah, a ser implementado até ao final do ano. No entanto, o movimento xiita condiciona a entrega de armas ao fim dos bombardeamentos israelitas e à retirada das tropas de Israel do território libanês. Em paralelo, registou-se um desenvolvimento positivo com o início do desarmamento voluntário da Fatah nos campos de refugiados de Beirute, um passo elogiado pelo enviado especial dos EUA, Tom Barrack, que o qualificou como "histórico".
Em resumoA fronteira israelo-libanesa continua a ser um barril de pólvora, com os ataques israelitas e a presença armada do Hezbollah a manterem o risco de uma escalada regional. Embora os esforços para o desarmamento de alguns grupos palestinianos representem um progresso, a questão central do arsenal do Hezbollah permanece por resolver, dependendo de uma complexa negociação política e de segurança que envolve atores regionais e internacionais.