O secretário-geral adjunto do Hezbollah, Naim Qassem, declarou num discurso televisivo: “Não deporemos as armas que nos protegem do inimigo e não permitiremos que Israel circule livremente pelo nosso país”.
Argumentou ainda que o grupo tem o apoio de “mais de metade da população libanesa”.
Esta posição desafia diretamente o plano do governo libanês, que encarregou o exército de preparar um roteiro para o desarmamento do movimento xiita até ao final do ano. Do outro lado da fronteira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, indicou que, se o Líbano tomar as “medidas necessárias” para desarmar o Hezbollah, Israel responderá com “medidas recíprocas”, incluindo uma “redução gradual da presença militar no sul do Líbano”. Esta abertura surge no contexto da mediação do enviado norte-americano Tom Barrack, que tem procurado consolidar o cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024.
Apesar da trégua, Israel continua a realizar ataques aéreos quase diários contra o que alega serem alvos do Hezbollah, e as suas tropas ainda ocupam cinco áreas no sul do Líbano, violando o acordo.












