Esta medida drástica aumenta a pressão sobre Teerão, que, por sua vez, avisou que a decisão colocará "seriamente em risco" a sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). O E3 ativou o mecanismo de 'snapback', um processo de 30 dias que pode culminar na restauração de um vasto leque de sanções suspensas há quase uma década, incluindo o congelamento de ativos, um embargo de armas e penalizações ao programa de mísseis balísticos. A decisão surge num contexto de crescente preocupação com os avanços nucleares iranianos.

Segundo a AIEA, antes da guerra com Israel em junho, o Irão já enriquecia urânio a 60% de pureza — próximo dos 90% necessários para fins militares — e possuía material suficiente para construir várias ogivas nucleares.

Além disso, Teerão reduziu drasticamente a cooperação com os inspetores da AIEA.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou a ação europeia "ilegal e injustiçada", exigindo que "corrijam adequadamente esta decisão errada".

Apesar da escalada, os países europeus afirmam que a porta da diplomacia permanece aberta. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Noel Barrot, insistiu que "esta medida não sinaliza o fim da diplomacia", e os diplomatas indicaram que o período de 30 dias será usado para tentar encontrar uma solução negociada e evitar a aplicação efetiva das sanções.