Guterres exigiu o fim de "desculpas", "obstáculos" e "mentiras", sublinhando que "o acesso humanitário deve ser irrestrito".
A sua crítica surge num contexto em que a ONU declarou que a fome em Gaza poderia ter sido evitada se não fosse "a obstrução sistemática de Israel". Fontes do Crescente Vermelho egípcio forneceram pormenores concretos sobre esta obstrução, afirmando que Israel rejeita diariamente "entre 30 e 40% de uma média de 150 camiões" que partem do Egito.
Os pretextos variam entre "problemas com a carga, com o tipo de produtos ou devido a intimidação e atrasos".
A situação é particularmente grave no que toca ao combustível, essencial para o funcionamento de hospitais e padarias, com a maioria dos camiões-cisterna a ser recusada repetidamente. A diretora do Programa Alimentar Mundial, Cindy McCain, após uma visita ao enclave, descreveu o desespero no terreno e a necessidade urgente de reativar uma rede de 200 pontos de distribuição de alimentos. A UNICEF também alertou que a situação se deve "não pela falta de alimentos, mas pela falta de acesso aos alimentos".
Israel, por sua vez, nega estas acusações, afirmando que facilita a entrada de ajuda e culpando o Hamas pelo seu desvio e saque.













