Estas ações, impulsionadas pela extrema-direita do governo israelita, estão a alimentar a violência e a minar ainda mais as perspetivas de uma solução de dois Estados.

Operações militares israelitas em cidades palestinianas como Nablus e Ramallah tornaram-se frequentes, resultando em dezenas de feridos e detenções. Em Nablus, as forças israelitas utilizaram veículos blindados e posicionaram atiradores nos telhados, enquanto em Ramallah, uma incursão justificada como visando uma casa de câmbio que transferia fundos para o Hamas deixou 58 feridos.

Além das ações militares, a política de colonatos tem avançado de forma agressiva.

O governo aprovou um plano para construir mais de três mil casas na zona E1, uma área estratégica que, se desenvolvida, ligaria o colonato de Ma'ale Adumim a Jerusalém, dividindo efetivamente a Cisjordânia em duas e tornando um futuro Estado palestiniano contíguo praticamente impossível.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, celebrou a decisão, afirmando que esta "apaga na prática a ilusão de 'dois Estados'".

A medida foi condenada por 21 países e pela União Europeia, que a consideraram inaceitável e ilegal à luz do direito internacional.

A ONG israelita ACRI também denunciou a destruição de centenas de oliveiras como uma forma de "punição coletiva", pedindo uma investigação por crimes de guerra.