As conversações, que decorrem sob mediação dos Estados Unidos e da França, visam redefinir a segurança na fronteira após a queda do regime de Bashar al-Assad. Netanyahu revelou que os esforços se concentram em três objetivos principais: "proteger a comunidade drusa na província de Sweida", "criar uma zona desmilitarizada que se estenda dos Montes Golã até ao sul de Damasco" e "estabelecer um corredor humanitário". Esta iniciativa representa um desenvolvimento diplomático significativo entre dois países que estão tecnicamente em estado de guerra há décadas. As novas autoridades de Damasco, que chegaram ao poder após o golpe militar em dezembro, têm sinalizado que não pretendem um conflito com Israel.

Uma reunião entre os chefes da diplomacia síria e israelita terá ocorrido em Paris, descrita pela agência oficial síria SANA como uma oportunidade para discutir "o reforço da estabilidade na região". O diálogo ocorre num cenário complexo, onde Israel tem realizado ataques aéreos no sul da Síria, incluindo um que matou quatro militares sírios, e as suas tropas terrestres ocuparam posições para além da linha de demarcação nos Montes Golã. A situação é observada com preocupação por países como o Qatar e o Egito, que consideram as ações de Israel na Síria e no Líbano "irresponsáveis" e perigosas para a estabilidade regional.