O Conselho de Ministros encarregou o exército de elaborar um roteiro para o desarmamento, enquanto fações palestinianas nos campos de refugiados começaram a entregar o seu armamento às forças armadas libanesas.
O Hezbollah, através do seu vice-secretário-geral Naim Qassem, já declarou que não irá depor as armas, argumentando que são essenciais para a proteção do Líbano contra Israel. "Não deporemos as armas que nos protegem do inimigo e não permitiremos que Israel circule livremente pelo nosso país", afirmou Qassem, considerando que a decisão do governo serve os interesses de Israel e dos EUA. Em contrapartida, Benjamin Netanyahu afirmou que, se o Líbano tomar as "medidas necessárias" para desarmar o grupo, Israel responderá com "medidas recíprocas", incluindo uma redução da sua presença militar no sul do Líbano. A situação é acompanhada de perto pela comunidade internacional, com o Conselho de Segurança da ONU a renovar pela última vez o mandato da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), prevendo a sua retirada ordenada até ao final de 2027, após quase cinco décadas no terreno.
A decisão foi elogiada por Israel, que acusa a FINUL de não ter conseguido impedir o controlo do Hezbollah na região.
A pressão para o desarmamento intensifica-se num momento em que Israel continua a realizar ataques em território libanês, apesar do cessar-fogo em vigor desde novembro.













