Esta medida, conhecida como mecanismo "snapback", aumenta a pressão sobre Teerão, que alertou que a decisão colocará "seriamente em risco" a sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). A decisão europeia surge após o Irão ter reduzido a cooperação com a AIEA e continuado a enriquecer urânio a níveis elevados, na sequência da guerra com Israel em junho.

O E3 notificou o Conselho de Segurança da ONU, iniciando um prazo de 30 dias que pode culminar na reimposição de sanções.

No entanto, os diplomatas europeus deixaram a porta aberta para a diplomacia, indicando que o período será usado para "encontrar soluções diplomáticas".

O Irão reagiu com firmeza, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, a classificar a ação europeia como "ilegal e injustificada" e a acusar o E3 de agir "em nome de Israel e dos Estados Unidos".

Teerão argumenta que foram os EUA que abandonaram o acordo em 2018.

A reativação das sanções isolaria ainda mais o Irão e agravaria a sua crise económica.

A situação é complexa, com inspetores da AIEA a regressarem ao país, mas sem um acordo total sobre o acesso a todas as instalações.

Este impasse diplomático ocorre num cenário de elevada tensão regional, com o Irão a apoiar grupos como o Hamas, o Hezbollah e os Huthis.