As manifestações refletem uma crescente divisão interna sobre a condução da guerra.

Os protestos, organizados pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, culminaram numa grande concentração na "Praça dos Reféns" em Telavive.

Os manifestantes expressaram a sua frustração com a decisão do governo de expandir a ofensiva militar em vez de priorizar um acordo diplomático. Noam Perry, cujo pai morreu em cativeiro, dirigiu-se à multidão e ao Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando: "O povo de Israel vota com os pés: a nação quer que a guerra acabe e que os reféns regressem a casa". Os manifestantes acusam o governo de os ter "abandonado".

A pressão popular surge num momento em que as negociações, mediadas pelo Qatar, Egito e EUA, parecem estar num impasse.

O Hamas afirmou ter aceite uma proposta de trégua, mas o Qatar aguarda ainda uma resposta oficial de Israel. Uma reunião do gabinete de segurança israelita terminou sem debater o tema, indicando a prevalência da linha dura dentro do executivo. Estes protestos evidenciam a profunda angústia e a polarização na sociedade israelita, com uma parte significativa da população a clamar por uma solução que traga os reféns de volta.