A declaração intensificou o debate internacional, com Israel a considerá-la "vergonhosa" e o Hamas a vê-la como prova da "inação" da comunidade internacional.
Numa resolução aprovada por quase 90% dos seus membros, a IAGS afirmou que "as políticas e ações de Israel em Gaza correspondem à definição legal de genocídio prevista no artigo II da Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948". A associação recordou que o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) já tinha considerado plausível que Israel estivesse a cometer genocídio. A reação de Israel foi imediata e contundente. O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita declarou que o documento "assenta inteiramente na campanha de mentiras do Hamas" e acusou a IAGS de distorcer os factos e de criar um "precedente histórico" ao acusar "a própria vítima de genocídio", referindo-se ao ataque de 7 de outubro.
Por sua vez, o Hamas considerou o relatório uma "nova documentação legal" que se soma a outros testemunhos internacionais. O movimento palestiniano afirmou que a "inação" da comunidade internacional perante estes factos é uma "mancha de vergonha" e uma "ameaça direta à paz e à segurança internacionais", exigindo medidas urgentes para punir os líderes israelitas.
A declaração da IAGS junta-se a denúncias de dezenas de outras organizações e peritos, conferindo um peso académico e técnico significativo às acusações contra Israel.













