A medida, conhecida como "snapback", abre um período de 30 dias para uma solução diplomática, mas Teerão já alertou para "graves consequências".
O grupo E3 (Alemanha, França e Reino Unido) notificou formalmente o Conselho de Segurança da ONU de que o Irão está em "incumprimento significativo" dos seus compromissos ao abrigo do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA). Esta ação ativa o mecanismo de "snapback", que permite a reposição automática de uma série de sanções internacionais que tinham sido suspensas, abrangendo os setores financeiro, de armamento e de mísseis balísticos. Apesar de darem este passo, os diplomatas europeus afirmaram que pretendem usar o período de 30 dias para "encontrar soluções diplomáticas". A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, sublinhou a necessidade de usar este tempo para negociações.
O Irão reagiu prontamente, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a classificar a decisão como uma "ação ilegal e injustificada".
Teerão advertiu que a medida "colocará seriamente em risco o processo de interação e cooperação em curso" com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). A tensão aumentou após o Irão ter suspendido a cooperação total com a AIEA na sequência de ataques de Israel e dos EUA às suas instalações nucleares em junho, e por ter acumulado urânio enriquecido a 60%, um nível próximo do necessário para armas nucleares.













