As detenções colocam em risco as operações de ajuda humanitária num país devastado pela guerra. As detenções ocorreram em áreas controladas pelos Houthis, incluindo as cidades de Saná e Hodeida.

Pelo menos 11 funcionários foram detidos no final de agosto, juntando-se a outros 23 que já se encontravam detidos desde 2021.

António Guterres condenou as "intoleráveis detenções" e exigiu a "libertação imediata e incondicional de todos os detidos".

O seu porta-voz, Stéphane Dujarric, sublinhou que "o nosso pessoal e o dos nossos parceiros nunca devem ser alvo de perseguição".

A comissária europeia para a Gestão de Crises, Hadja Lahbib, também condenou a ação, afirmando que esta "coloca em perigo trabalhadores humanitários e a ajuda vital para os que dela necessitam". O enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, alertou que estas detenções comprometem a capacidade da ONU de fornecer assistência.

As ações dos Houthis surgem num momento de elevada tensão, pouco depois de um ataque aéreo israelita ter matado o primeiro-ministro do seu governo em Saná, o que pode indicar uma estratégia de pressão sobre a comunidade internacional.

Além das detenções, os Houthis também invadiram instalações do Programa Alimentar Mundial (PAM) e pilharam bens da ONU.