Esta pressão diplomática, juntamente com propostas de paz mediadas por países como o Qatar, contrasta com a recusa de Israel em abandonar a sua ofensiva militar.

Os apelos por um fim às hostilidades têm vindo de múltiplas frentes. Mais de 40 especialistas da ONU exigiram uma reunião de emergência da Assembleia-Geral para pressionar por um cessar-fogo. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou diretamente a Israel para que trave “esta guerra desumana” e instou os aliados de Telavive a “usarem a sua influência para pôr fim ao conflito”.

O Vaticano também reforçou a sua posição após um encontro entre o Papa e o presidente israelita, Isaac Herzog, onde a Santa Sé reiterou a defesa da “solução dos dois Estados” e desejou uma “rápida retomada das negociações” para um “cessar-fogo permanente”. Do lado político, o governo britânico afirmou a sua intenção de reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia-Geral da ONU, caso Israel não aceite um cessar-fogo. Entretanto, os esforços de mediação continuam, com o Hamas a afirmar ter intensificado os contactos com países da região e a aceitar uma proposta de cessar-fogo apresentada no Cairo, à qual Israel, segundo o Qatar, ainda não respondeu.

O governo de Netanyahu, por sua vez, rejeitou as propostas, reiterando que a guerra continuará até que os seus objetivos militares sejam alcançados.