Estas ações, condenadas internacionalmente, ameaçam a viabilidade de um futuro Estado palestiniano e exacerbam as tensões num território já volátil. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, líder de um partido de extrema-direita, apresentou um plano para anexar 82% da Cisjordânia, com o objetivo de estabelecer uma “clara maioria judaica” no território. A proposta foi imediatamente condenada pelo Conselho de Cooperação do Golfo como um “apelo incendiário” que confirma a abordagem israelita de “desestabilizar a segurança e a estabilidade na região”.

Paralelamente, a crise estende-se ao setor da educação.

As autoridades israelitas forçaram o encerramento de várias escolas geridas pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos, em Jerusalém Oriental e no norte da Cisjordânia.

Esta medida, baseada numa nova lei que restringe as operações da UNRWA, afetou diretamente 4.800 crianças palestinianas, que se viram privadas do seu direito à educação.

O porta-voz da UNRWA, Jonathan Fowler, denunciou a negação deste direito fundamental por parte de Israel.

O Hamas alertou que a situação na Cisjordânia “não é menos catastrófica do que está a acontecer em Gaza”, acusando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ter “planos contra todo o projeto nacional palestiniano” e de procurar “liquidar a causa palestiniana”.

Estas ações indicam uma intensificação do conflito para além de Gaza, com implicações profundas para a paz e estabilidade a longo prazo.