A escalada de violência agrava a instabilidade regional e leva à detenção arbitrária de funcionários da ONU pelos Huthis.
Um ponto de viragem no confronto foi o ataque aéreo israelita que, em finais de agosto, matou o primeiro-ministro do governo Huthi, Ahmed al-Rahawi, e pelo menos nove dos seus ministros durante uma reunião em Sana.
As forças armadas israelitas confirmaram o ataque, afirmando ter atingido "altos oficiais militares e outros altos funcionários do regime terrorista huthi".
Em resposta, os líderes Huthis prometeram vingança e uma "escalada constante" de violência.
O grupo reivindicou subsequentemente vários ataques com drones contra Israel, visando locais como o aeroporto Ben Gurion, o porto de Ashdod e a cidade de Telavive, além de um ataque com mísseis a um petroleiro no Mar Vermelho.
A tensão foi exacerbada pela detenção arbitrária de pelo menos 18 funcionários das Nações Unidas pelos Huthis, uma ação que o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente, exigindo a sua "libertação imediata e incondicional".
O enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, apelou para que o país não se transforme num "campo de batalha para um conflito geopolítico mais amplo", sublinhando que os ataques devem cessar.
Estas ações inserem-se no contexto mais vasto do apoio do Irão aos Huthis, que se consideram parte do "eixo de resistência" contra Israel.














