Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdallah Bou Habib, no final deste período "não haverá mais depósitos de armas, transferências de armas, combatentes ou presença armada" na região. No entanto, o Hezbollah rejeita categoricamente a iniciativa, acusando o governo de servir os interesses dos Estados Unidos e de Israel. O movimento xiita, que saiu enfraquecido de mais de um ano de conflito com Israel, argumenta que as suas armas são essenciais para a defesa do Líbano.

A situação é complicada pela contínua presença militar israelita em cinco posições fronteiriças e pelos seus ataques quase diários em território libanês, como o que recentemente matou cinco pessoas, incluindo quatro membros do Hezbollah.

O líder cristão Samir Geagea apelou ao Hezbollah para que entregue as armas, argumentando que estas trouxeram "destruição, ruína, êxodo e atraíram uma nova ocupação".

Este impasse interno, exacerbado pela pressão externa e pela violência na fronteira, coloca o Líbano numa posição extremamente frágil, dividido entre a soberania estatal e o poderio militar de uma fação que atua como um ator regional.