Antes do ataque, as negociações pareciam estar a progredir.

O Hamas tinha recebido "algumas ideias da parte dos Estados Unidos" e afirmara estar "disposto a sentar-se imediatamente à mesa das negociações".

O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, confirmou que as conversações estavam "no bom caminho".

No entanto, o ataque israelita ocorreu precisamente enquanto a delegação do Hamas se reunia para analisar a proposta norte-americana.

Este ato foi amplamente visto como uma sabotagem deliberada do processo de paz. Al-Thani declarou que o ataque "matou qualquer esperança" de libertar os reféns e que se tratava de uma das "contínuas tentativas de perturbar a segurança e a estabilidade regionais" por parte de Netanyahu. Apesar do assassinato de cinco dos seus membros, o Hamas afirmou que a sua liderança sobreviveu e que manterá a capacidade de tomar decisões, prometendo continuar a negociar "pelo nosso povo".

A operação israelita, condenada por mediadores e pela comunidade internacional, colocou o futuro de qualquer acordo de paz numa incerteza profunda, minando a confiança necessária para o diálogo.