A angústia das famílias dos 48 reféns israelitas ainda detidos em Gaza intensificou-se, levando a protestos contra a estratégia militar do governo de Benjamin Netanyahu e a um crescente temor de que as ações militares, como o ataque em Doha, coloquem em perigo a vida dos seus entes queridos. O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, que representa os familiares, expressou "um profundo temor sobre o preço que os reféns poderão pagar" após o ataque à delegação de negociação do Hamas. Num comunicado, alertaram que a possibilidade de resgate enfrenta agora "uma incerteza sem precedentes" e que a "vingança dirigida contra os reféns é brutal".
As famílias organizaram manifestações em vários locais de Israel, incluindo Telavive e Jerusalém, para assinalar os 700 dias desde o início da ofensiva e exigir que o governo ponha fim à guerra e se concentre num acordo diplomático para a libertação dos cativos.
"Já chega.
Acabem com a guerra, tragam-nos para casa", declarou Silvia Cunio, mãe de dois reféns.
Estima-se que dos 48 reféns restantes, apenas 20 permaneçam vivos.
Em contraste com os apelos das famílias, o primeiro-ministro Netanyahu reafirmou a sua determinação em usar a força, prometendo "recuperar todos os nossos reféns, tanto vivos como mortos", uma posição que reforçou após a libertação da investigadora Elizabeth Tsurkov no Iraque, apresentando-a como um sucesso da sua abordagem.
Em resumoEnquanto o governo israelita aposta numa solução militar, as famílias dos reféns em Gaza protestam, temendo que esta estratégia, exemplificada pelo ataque em Doha, ponha em risco a vida dos cativos e exigem um acordo diplomático imediato.