A parceria estratégica de segurança entre os Estados Unidos e o Qatar foi posta à prova após o ataque israelita em Doha, com informações contraditórias sobre um aviso prévio americano e uma forte negação por parte do Qatar de que estaria a reavaliar a sua aliança com Washington. A controvérsia começou com a afirmação da Casa Branca de que o Presidente Donald Trump ordenou que um enviado especial informasse o Qatar sobre o ataque iminente de Israel. No entanto, o Qatar negou veementemente ter sido avisado antecipadamente, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Majed al-Ansari, a declarar que "a chamada de uma autoridade americana ocorreu enquanto ocorriam explosões".
O próprio Trump admitiu mais tarde que o aviso "chegou, infelizmente, demasiado tarde para impedir o ataque".
Esta discrepância alimentou um artigo do portal Axios, que, citando uma fonte anónima, afirmou que o Qatar estava a reavaliar a sua parceria de segurança com os EUA. O governo do Qatar reagiu de imediato, classificando a informação como "absolutamente falsa" e uma "tentativa clara e falhada de criar diferenças entre o Qatar e os Estados Unidos".
Doha reafirmou que a parceria "está mais forte do que nunca e continua a crescer".
A situação é delicada, dado que o Qatar acolhe a maior base militar dos EUA no Médio Oriente e desempenha um papel crucial como mediador no conflito de Gaza.
Em resumoO ataque israelita em Doha criou tensões diplomáticas entre os EUA e o Qatar, alimentadas por relatos conflituantes sobre um aviso prévio. O Qatar negou firmemente estar a reconsiderar a sua aliança de segurança com Washington, crucial para a estabilidade regional.