A operação resultou em várias mortes e numa condenação internacional generalizada.

O ataque de Israel, ocorrido a 9 de setembro, teve como alvo um complexo residencial onde se encontrava a equipa de negociadores do Hamas para discutir uma proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. O Hamas confirmou que o líder negocial, Khalil al-Hayya, sobreviveu, mas o seu filho, o chefe de gabinete e três guarda-costas estavam entre as cinco vítimas mortais do grupo.

Um agente de segurança do Qatar também morreu, elevando o total de mortos para pelo menos seis. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou a operação como uma resposta a um atentado em Jerusalém e aos ataques de 7 de outubro de 2023, afirmando: "Digo ao Qatar e a todas as nações que abrigam terroristas: devem expulsá-los ou levá-los à justiça.

Porque se não o fizerem, nós faremos".

A reação do Qatar foi imediata e severa, com o primeiro-ministro Mohammed bin Abdulrahman al-Thani a classificar o ataque como "terrorismo de Estado" e uma violação da soberania do país.

A comunidade internacional, incluindo aliados de Israel como os Estados Unidos e vários países europeus (Reino Unido, França, Espanha), condenou a ação.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, declarou-se "muito descontente" com o ataque, e surgiram relatos contraditórios sobre se os EUA avisaram o Qatar previamente.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência para debater a escalada, que, segundo o primeiro-ministro do Qatar, "matou qualquer esperança" de libertar os reféns.