A "Declaração de Nova Iorque" apela a medidas "tangíveis e irreversíveis" para a criação de um Estado palestiniano.

A resolução, preparada por França e Arábia Saudita, foi aprovada com 142 votos a favor, 10 contra e 12 abstenções.

Entre os apoiantes contam-se Portugal, China e Rússia, enquanto Israel, Estados Unidos, Argentina e Hungria lideraram a oposição.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Oren Marmorstein, classificou a votação como uma "decisão vergonhosa" que transforma a ONU num "circo político alheio à realidade" e "encoraja o Hamas a continuar a guerra".

Em contraste, o Presidente francês, Emmanuel Macron, saudou o resultado como um passo no "caminho irreversível para a paz no Médio Oriente".

A declaração defende um Estado palestiniano "independente, soberano, economicamente viável e democrático" e estipula que, no pós-guerra, "o Hamas deve cessar o exercício da autoridade sobre a Faixa de Gaza e entregar as armas à Autoridade Palestiniana".

A votação ocorre num contexto de crescente reconhecimento internacional do Estado da Palestina, mas enfrenta a oposição frontal do governo israelita.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou de forma inequívoca que "não haverá Estado palestiniano", reforçando a sua política de expansão de colonatos na Cisjordânia.