As forças israelitas intensificaram a sua ofensiva na Cidade de Gaza, emitindo ordens de evacuação para cerca de um milhão de pessoas e realizando ataques aéreos contra edifícios altos, o que agrava uma crise humanitária já catastrófica. Organizações internacionais alertam para a impossibilidade de uma evacuação segura e para o colapso dos serviços essenciais. O exército israelita ordenou repetidamente a evacuação de toda a cidade, instruindo os civis a deslocarem-se para uma chamada "zona humanitária" em Al-Mawasi, no sul. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que esta área "não tem a dimensão ou o tipo de serviços necessários para apoiar os que já lá estão, muito menos os recém-chegados". O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, considerou a ordem "consternadora" e garantiu que "a OMS e os seus parceiros vão permanecer na Cidade de Gaza".
A Amnistia Internacional descreveu a ordem como "cruel, ilegal e agrava ainda mais as condições genocidas".
A situação humanitária é alarmante, com a UNICEF a reportar um aumento da subnutrição aguda infantil para 13,5% em agosto e a ONU a ter declarado oficialmente uma situação de fome na região.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, apelou à proteção dos hospitais e equipas médicas que permanecem no norte, enquanto o número de mortos no enclave ultrapassa os 64.000. Israel justifica os ataques a torres residenciais, como um edifício de 12 andares, alegando que o Hamas as utiliza para fins militares.
Em resumoA ofensiva israelita na Cidade de Gaza, marcada por ordens de evacuação em massa e bombardeamentos contínuos, está a empurrar a população civil para uma situação cada vez mais desesperada, com agências de ajuda internacional a alertarem para um colapso humanitário total e potenciais crimes de guerra.